A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, negou hoje a
existência de mal-estar entre as polícias, apesar de a Judiciária ter
estado ausente da cerimónia de criação de um grupo que vai estudar e
analisar a segurança interna.
A cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação entre o
Ministério da Administração Interna (MAI), através da Direção-Geral da
Administração Interna, e o Instituto de Direito e Segurança da
Universidade Nova de Lisboa, para o desenvolvimento do Grupo de Reflexão
Estratégico em Segurança Interna (GRESI), realizou-se hoje no MAI.
Além dos ministros da Justiça e da Administração Interna, marcaram
também presença os vários responsáveis pelas forças de segurança e
organismos tutelados pelo MAI, estando ausente a Polícia Judiciária
(PJ).
Sobre esta ausência, a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz,
disse aos jornalistas que o GRESI trata questões relacionadas com a
segurança, sendo a PJ "sobretudo uma polícia de investigação criminal".
“Esta reflexão é mais dirigida para a segurança no seu conjunto e não
para a investigação criminal”, afirmou, esclarecendo que depois vai ser
complementada com a intervenção do poder judicial e com os órgãos de
policial criminal.
“Polícia de investigação criminal é uma coisa, segurança é outra.
Ninguém está a falar aqui de fusão de polícias”, esclareceu a ministra
da Justiça.
Paula Teixeira da Cruz sublinhou também que “as relações
institucionais, quer entre forças de segurança, quer entre os
Ministérios da Justiça e da Administração Interna, nunca foram tão
próximas”, negando a existência de querelas entre polícias.
Também o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, negou
qualquer mal-estar entre forças de segurança, adiantando que a PJ vai
ser chamada para colaborar nos estudos que vão ser desenvolvidos no
âmbito do GRESI.
“A PJ não esteve na cerimónia, mas esteve presente a ministra da
Justiça, que tem a tutela da Polícia Judiciária. Não há, nem vai haver
nenhum problema em relação a essa matéria”, adiantou.
O GRESI, presidido pelo catedrático Nelson Lourenço, vai promover,
durante dois anos, estudos e análises sobre a segurança interna, além de
propor medidas que contribuam para o sentimento de segurança dos
cidadãos.
In: Diário Digital
10/09/2013
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