A reforma aos 67 anos e o aumento da semana de trabalho na Função
Pública para 40 horas sem subir salários estão em cima da mesa no
Conselho de Ministros de hoje, inteiramente dedicado aos cortes
financeiros no Estado.
O CM sabe que a proposta da semana de 40 horas tem
algum consenso no Governo se for aplicada de forma gradual. Também na
Educação e na Defesa, particularmente em relação ao Exército, existirá
alguma margem para discutir mais cortes. Uma situação particularmente
visada é a dos professores que já têm horário zero. As propostas de
Vítor Gaspar, porém, são contestadas pela esmagadora maioria dos
ministros. Na Saúde, Justiça e Administração Interna, os ministros têm
sido irredutíveis: já foi cortado tudo o que havia para cortar.
Há
quem garanta ao Correio da Manhã que o cenário de isolamento do
ministro das Finanças é tal que já deu pano para o debate de bastidores
sobre a sua saída, após a próxima ida ao mercados. O ambiente pode
voltar hoje a ser tenso, tal como no conselho de ministros de 26 de
abril.
Mais, mesmo o aumento de idade de reforma
não agrada ao ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro
Mota Soares, o que poderá criar mais um problema para a coligação
PSD/CDS, a que se acresce a discussão, em sede de concertação social, do
aumento do salário mínimo nacional.
In: Correio da Manhã
02/05/2013
Sem comentários:
Enviar um comentário