Reforma necessária, mas desnecessariamente sádica

Passos Coelho ficou visivelmente irritado quando o TC, invocando o princípio de igualdade, chumbou o corte dos subsídios aos funcionários públicos.

Passos Coelho ficou visivelmente irritado quando o TC, invocando o princípio de igualdade, chumbou o corte dos subsídios aos funcionários públicos. ‘É igualdade que querem? Então é igualdade que vão ter!' Talvez não com este tom tão vingativo; mas é mais ou menos esta a motivação que terá levado o primeiro-ministro a avançar com convicção para esta reforma do Estado.

Os funcionários públicos vão passar a ter, tal como acontece no privado, um programa de rescisões amigáveis (um convite cordial para irem para a rua). E se não aceitarem "voluntariamente" as rescisões vão ter à espera um programa de mobilidade (um eufemismo para despedimentos obrigatórios). E terão também uma revisão dos suplementos remuneratórios (um outro eufemismo para cortes salariais) e serão ainda obrigados a descontar mais para a ADSE, que é como quem diz: ‘se quiserem ter um seguro de saúde, paguem-no!' E trabalhar 35 horas por semana e gozar férias de 30 dias acabou.

06/05/2013

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