Raptos parentais disparam


Chegam cada vez mais denúncias às autoridades e associações. Mães são as raptoras em 90% dos casos. Muitas são imigrantes e levam os filhos para os seus países, à revelia dos pais.
Há quase um ano que Jorge e Ana Maria não vêem o neto de três anos. Rafael, desde que nasceu vivia com os avôs em Lisboa, foi com a mãe ao Brasil para visitar a família dela. Nunca mais voltou.
“Estamos desesperados. O meu filho foi para Belém do Pará tentar recuperá-lo. Aqui, não recebemos qualquer apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros”, conta Ana Maria entre lágrimas. “Criei o Rafael desde que nasceu. Ele é português, a mãe não o pode levar assim”.

O número de crianças e adolescentes que são levados à revelia de um dos pais para parte incerta tem vindo a aumentar em Portugal desde 2009, admitem as autoridades. Além dos divórcios e separações, também a crise tem levado muitos imigrantes a regressar aos seus países, viajando com os filhos que tiveram de relações com portugueses, sobretudo para o Brasil e para o Leste da Europa.
Em 90% dos casos, as raptoras são as mães. Recuperar estas crianças transforma a vida dos pais num verdadeiro calvário.

In: SOL
21/05/2013

Sem comentários:

Enviar um comentário