Governo diz que só salários mais baixos ficam pior em 2014 do que em 2012

Executivo assegura, no entanto, que a “generalidade” dos funcionários públicos ficará com mais rendimento disponível no próximo ano. 

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, deu a garantia política que os funcionários públicos não terão de fazer um esforço maior em 2014 do que aquele que foi feito em 2012. Tendo em conta apenas os cortes salariais e o aumento de impostos sofrido em 2013 e replicado no próximo ano, tal é verdade para "a generalidade" dos trabalhadores das Administrações Públicas, segundo o comunicado do Ministério das Finanças, enviado hoje.
O esclarecimento surge na sequência de uma notícia publicada hoje pelo Diário Económico que, a partir de contas próprias (validadas por especialistas), conclui que os cortes salariais acumulados com a manutenção do "enorme aumento de impostos" (IRS) deixará 47% dos funcionários públicos com menos rendimentos em 2014 face a 2012.

O Executivo de Passos Coelho garante que não é esse o caso, ilustrando as suas contas com três simulações (ver abaixo) para rendimentos brutos de pelo menos 800 euros. Nos exemplos o Governo assume que "nenhuma dedução [fiscal] é efectuada".

A simulação do Governo mostra que no próximo ano um funcionário que receba 800 euros brutos verá o rendimento anual líquido aumentar em 270 euros - cerca de 16 euros por mês (assumindo 14 meses).

Contudo, saem prejudicados os funcionários que recebem entre 610 euros e 730 euros, mostra o gráfico do Governo que consta no mesmo comunicado. O Ministério das Finanças não avança quantos trabalhadores estão nesta circunstância, garantindo apenas que em "cerca de 100% dos casos" a redução de rendimento em 2012 era maior.
18/10/2013

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