É talvez uma das expressões mais usada por estes dias e que envolve milhões. Muitos milhões de euros.
Mas afinal o que são estes instrumentos complicados chamados 'swap'?. Na verdade são simples.
Imagine que pediu um empréstimo ao banco para comprar uma casa. Ou
seja, contraiu um crédito à habitação. Esse empréstimo, na maior parte
das vezes, é acordado tendo por base uma taxa de juro variável. E que
sobe ou desce consoante a variação da Euribor.
Agora imagine que acredita que os juros vão subir muito nos próximos
anos. O melhor, seria fixar essa taxa, travar essa subida. É exactamente
isso que um contracto de 'swap' permitiria que fosse usado num crédito à
habitação.
Como a própria palavra indica, 'swap' é uma troca. Neste caso uma taxa de juro variável por uma fixa.
O pior é se ao contrário do que pensava as taxas de juro em vez de
subirem, descerem. Então nesse caso fica a pagar o valor fixo.
Imagine 5%, quando no mercado o preço do dinheiro já só custa 2%. Foi
exactamente isso que aconteceu no caso de algumas empresas públicas.
Acordaram contratos numa altura em que as taxas de juro estavam a subir,
pensando que iriam subir ainda mais e tentaram trancar essa
valorização.
Mas a realidade nem sempre é o que nós pensamos que vai ser. E neste
caso não foi. As taxas de juro desceram e agora as perdas
potenciais podem chegar aos 3 mil milhões de euros.
In: Diário Económico
28/07/2013
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