Ministra diz que mapa judiciário ainda pode mudar

Ministra diz que mapa judiciário ainda pode mudar

Documento propõe fechar 27 tribunais e reconverter outros 20
 
Os autarcas das localidades em que os tribunais podem fechar as portas passaram o dia de ontem a manifestar-se contra o fecho, depois de ser conhecida uma última versão do Regime de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais que aponta para o encerramento de 47 tribunais. Mas a meio do dia a ministra travou os ânimos para repetir o que já dissera em Fevereiro de 2012: “O diploma ainda está em preparação.”

Neste caso, o anteprojecto está ainda a ser discutido com os parceiros, sendo por isso, “prematuro”, segundo Paula Teixeira da Cruz, “estar a falar nesses termos”. Ou seja, só no dia 11 de Novembro, depois de ouvidos os parceiros e a Associação Nacional de Municípios, haverá uma versão final do mapa judiciário. Até lá, segundo fonte do Ministério da Justiça, o documento ainda está em aberto.

A última proposta do Ministério da Justiça, a que a Lusa teve acesso, aponta para a extinção de 47 tribunais em todo o país, por onde passarão anualmente menos de 250 processos, mas este número engloba não só os que vão encerrar definitivamente (27) como aqueles que deixarão de funcionar como tribunais e passarão a funcionar como secções de proximidade.

As novidades em relação a uma versão anterior do documento passam pela não inclusão na lista de encerramentos dos tribunais de Oleiros, em Castelo Branco, e Melgaço, em Viana do Castelo, que surgem agora como secções de competência genérica, e pelo encerramento do tribunal da Meda, na Guarda, para onde estava anteriormente prevista uma secção de proximidade. O número de secções de proximidade é maior na nova versão: vão ser abrangidos concelhos que inicialmente ficariam sem tribunais, como Alfândega da Fé, em Bragança, Avis, em Portalegre, ou Golegã, em Santarém.

In: ASJP
24/10/2013

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