A pedido da ‘troika', o Governo vai apertar o controlo à actividade
dos agentes de execução, que realizam os processos de penhora, e dos
administradores de insolvência. O objectivo é criar uma estrutura fora
das classes profissionais que fiscalize estes agentes da justiça para
evitar as irregularidades e fraudes que foram detectadas no passado,
sobretudo na actividade de alguns agentes de execução, que desviavam
verbas dos devedores.
O projecto de lei que cria a nova Comissão para o Acompanhamento dos Auxiliares da Justiça (CAAJ), que ficará sob tutela do Ministério, foi ontem aprovado em Conselho de Ministros. No diploma, a que o Diário Económico teve acesso, a ministra explica que os técnicos do FMI, BCE e Comissão Europeia tinham avisado (em 2011) para a ineficiência da fiscalização sobre estes profissionais, pedindo uma intervenção rápida do Executivo.
O projecto de lei que cria a nova Comissão para o Acompanhamento dos Auxiliares da Justiça (CAAJ), que ficará sob tutela do Ministério, foi ontem aprovado em Conselho de Ministros. No diploma, a que o Diário Económico teve acesso, a ministra explica que os técnicos do FMI, BCE e Comissão Europeia tinham avisado (em 2011) para a ineficiência da fiscalização sobre estes profissionais, pedindo uma intervenção rápida do Executivo.
Paula Teixeira da Cruz lançou um ano
depois medidas intercalares para travar as irregularidades (ver texto ao
lado) e ontem viu os restantes ministros aprovarem a entidade que vai
substituir as actuais Comissão para a Eficácia das Execuções (CPEE) e
Comissão de Controlo da Actividade dos Administradores da Insolvência. A
CAAJ estará no terreno dentro de um mês, cumprindo assim uma exigência
dos credores internacionais. Os agentes que vão ser fiscalizados por
esta entidade terão que pagar uma taxa à CAAJ, cujo montante será ainda
definido por portaria conjunta dos ministros das Finanças e da Justiça.
In: Diário Económico
28/06/2013